Contextualização

  - Introdução e (uma) conclusão

Algumas considerações sobre a estruturação, o desenvolvimento e o conteúdo do trabalho "Campo Cultural e Gestão Cultural Profissional", que serve de base a esta reflexão, bem como uma primeira conclusão.
 

1. Campo Cultural


1.1 Cultura: uma perspectiva histórico-geográfica

 
Uma sintética perspectiva histórico-geográfica, da História da Humanidade, nomeadamente Ocidental, de há 35 séculos até aos nossos dias, o que nos permite ter, desde logo, uma ideia da complexidade deste tema.


1.2 Cultura: algumas definições e conceitos

 
Abordar a questão das definições e conceitos de “Cultura” implica, desde logo, aceitar um desafio de grande complexidade, atendendo a que este conceito tem múltiplos significados e significâncias e tem, também, variadas designações, conforme os campos dos seus utilizadores.
 
 

1.3 Campo Cultural

 
Utiliza-se o termo “campo” no sentido consagrado por Pierre Bourdieu devendo ser entendido como um “espaço estruturado de posições”, onde os actores sociais estão em confronto pelo acesso ao controlo dos seus campos específicos, no âmbito de regras estabelecidas e “Campo Cultural” como o campo intelectual, espaço de produção de bens simbólicos eruditos.
 

2. Europa e Cultura

 

2.1 Europa, União Europeia e Cultura


Quando se fala em Europa, na actualidade, importa ter presente as suas várias asserções: o Continente Europeu (50 países), a UE - União Europeia (28 países) e a UEM - União Económica e Monetária europeia (18 países).


 

2.2 União Europeia e Sector Cultural Comunitário

 
Ao nível da União Europeia os “aspectos culturais”, não assumidos como Política Cultural, passam por todas as suas grandes instituições: Parlamento Europeu, Conselho Europeu, Conselho da União Europeia e Comissão Europeia, bem como por outras mais específicas como: Comité das Regiões, Comité Económico e Social Europeu; Agências da União Europeia.
 

 

2.3 Programas Comunitários e Sector Cultural

 
O primeiro programa comunitário  de apoio ao sector cultural, criado pela Comissão Europeia em 1977, intitulava-se Acção Cultural e fazia questão de sublinhar que “da mesma forma que o sector cultural não é a cultura, a acção comunitária no sector cultural não é uma política cultural”.
 
  

3. Políticas Culturais


3.1 Políticas Culturais na Europa e no Mundo


A institucionalização de uma Política para o Sector Cultural acontece na Europa Continental, em França em 1959, sendo baseada no conceito de “acção cultural” enquadrando três propósitos: apoio à salvaguarda do Património, apoio à Criação Contemporânea e apoio ao processo de Democratização e Descentralização da Cultura.



3.2 Cultura e Tecnocracia

Os tecnocratas, por definição, confiam nas eficiência e eficácia do funcionamento dos “saberes” institucionais, independentemente dos contextos, não questionando nunca a validade do seu próprio conhecimento, nem e inevitabilidade dos “efeitos colaterais”, atendendo a considerarem o “conhecimento” baseado em leis naturais, imutáveis, fatalistas e inevitáveis.
 

4. Sector Cultural


4.1 Sector Cultural e "disputa de campo"


O Sector Económico procura tentar disputar o poder e a autoridade do Sector Cultural, com as respectivas consequências do “posicionamento estratégico” do “Cultural” nas estruturas político-administrativas dos países, através da sua menorização em Secretarias de Estado ou mesmo determinando o desaparecimento dos Ministérios da Cultura.


4.2 Sector Cultural em Portugal: uma perspectiva organizacional  

Em linha com a tradição e a evolução do Campo Cultural - nomeadamente após a institucionalização da democracia formal em 1974 - foi desenvolvida uma Visão organizacional e um Modelo conceptual, como eventuais e possíveis pontos de partida para uma discussão alargada sobre Cultura, Campo Cultural e Sector Cultural em Portugal. 
 

5. Gestão Cultural

5.1 Gestão Cultural Profissional

 
A Gestão Cultural Profissional é a actividade que integra de forma coerente todas as vertentes das organizações culturais: Estratégica, Operacional e Financeira, permitindo uma abordagem sistémica na procura sustentável da satisfação das necessidades e desejos de todos os Stakeholders (partes interessadas), nomeadamente os Criadores e os Públicos Culturais.


5.2 Gestão Cultural e Formação Especializada

Na Gestão Cultural, tal como tem sido considerado - e ao contrário do entendimento de outros responsáveis académicos - a formação deveria ser orientada para programas de especialização, através de opções terminais de licenciaturas, pós-graduações, mestrados e doutoramentos, não para a formação total de base característica das licenciaturas tradicionais.


5.3 Gestão Cultural e Associativismo Profissional
 
 

Quer numa perspectiva antropológica e sociocultural, quer numa perspectiva tecnocrática e pós-moderna, o desenvolvimento de um domínio do conhecimento e de uma actividade profissional, orientada para a Gestão Cultural, poderá ser considerado como não fazendo sentido e sem qualquer utilidade para as sociedades contemporâneas do século XXI.
 

Versões - v | parâmetros adoptados

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